quarta-feira, 12 de julho de 2017

Camadas da Pintura Automotiva: O que se usa para pintar um carro? O que se usa para pintar lata, plásticos e alumínio?

Análise de Pintura Automotiva: O que compõe a pintura automotiva?



Saiba quais são os produtos usados na pintura automotiva e para que servem!

Olá pessoal.

Visando tirar dúvidas e esclarecer o básico da pintura automotiva para polidores e também para o pessoal que está começando a pintar e polir, vamos abordar as camadas que compõe a pintura automotiva.

Primeiramente, vamos apresentar alguns sinônimos que você irá encontrar nas literaturas de pintura automotiva:

Tinta é sinônimo de base.
Fundo é sinônimo de primer.
PU é sinônimo de Altos Sólidos / HS.
Fundo Fosfatizante é sinônimo de Wash Primer.


Produtos básicos utilizados para fazer pintura automotiva:


O que é fundo fosfatizante também conhecido como wash primer?

Ele serve para promover aderência para o fundo que será aplicado na chapa nua ou com correções utilizando massa poliéster / plástica. Serve também como barreira protetiva anti corrosiva. Deve ser aplicado em uma fina camada sobre toda a área com massa e de chapa exposta, em duas demãos simples, assegurando boa cobertura.
Produto bem líquido e de secagem bem rápida. Normalmente deve-se aplicar o fundo em até 2 horas após a aplicação do fundo fosfatizante wash primer. Passado esse tempo recomenda-se fazer a ativação, que consiste em lixamento com esponjas de ativação ou leve lixamento com lixa P220 e reaplicação do produto para depois aplicar o fundo.

O que é fundo primer?

Serve para selar a peça antes da aplicação da tinta. Nivela pequenos defeitos, isola camadas de massa e faz com que a superfície fique em uma só cor, evitando diferenças de tonalidade após a pintura. Deve ser lixado antes de aplicar tinta.

O que é seladora para plásticos?

A seladora serve para promover aderência da tinta ou fundo que será aplicado em peças plásticas. Normalmente é utilizado como o wash primer, em 2 demãos de uma fina camada e exige aplicação do fundo ou tinta em até 2 horas após o uso da seladora. A ativação deve ser feita da mesma maneira que o wash primer fundo fosfatizante.

Nota: Devido à diferenças entre os produtos de fabricantes distintos, você deve seguir sempre as recomendações do fabricante para uso dos produtos de pintura.


Processo de pintura padrão em peças metálicas ferrosas / não ferrosas:


  1. Fundo Fosfatizante: Promover aderência para aplicação do fundo e proteção anti corrosiva. Na repintura é aplicado em uma ou duas demãos finas, seguido do fundo em até duas horas após sua aplicação.
  2. Fundo: Selar a chapa dando nivelamento e proteção anti corrosiva, removendo pequenos defeitos de lixas da etapa de funilaria e promovendo aderência para a tinta.
  3. Tinta: Pode ser base poliéster ou PU. A base poliéster é mais fina que a base PU, cobrindo menos pequenos defeitos do que a tinta PU. A tinta poliéster precisa de verniz para ter brilho e acabamento final. A Tinta PU não necessita de verniz e possuí maior poder de cobertura, escondendo pequenos defeitos que a tinta poliéster não esconde.
  4. Verniz: Serve para dar acabamento após a pintura com tinta poliéster. Não deve ser aplicado após a pintura com tinta PU.


Conceito de dupla camada: A pintura em dupla camada significa aplicar uma base de tinta e depois o verniz para ter o acabamento e brilho desejados.

A pintura com base (tinta) poliéster é uma pintura em dupla camada pois a tinta poliéster exige aplicação de verniz para ter brilho e acabamento.


Processo de pintura padrão em peças plásticas em geral:



  1. Seladora: Promove aderência do fundo ou tinta que será aplicado na peça. Aplicado em 1 ou 2 demãos finas, da mesma maneira que o wash primer. Normalmente recebe o próximo produto (fundo, tinta, etc) em até duas horas após sua secagem.
  2. Fundo (opcional). Nivela defeitos, promove aderência da tinta poliéster ou PU no processo de reparo / preparação para pintura.
  3. Tinta.
  4. Verniz caso a tinta utilizada no passo anterior seja poliéster.


Processo de pintura de alumínio:


  1. PFV Preto Fosco Vinilico: Fundo fosfatizante que promove proteção antei corrosiva e aderência à tinta ou fundo que será aplicado depois.
  2. Fundo (opcional).
  3. Tinta.
  4. Verniz (caso a tinta utilizada não seja PU).


Logo, notamos que existem diferentes passos e processos para pintura em diferentes tipos de material. Abordamos acima ou 3 materiais básicos que são utilizados na pintura automotiva, tais como metal, aluminio e plástico.


Para o polidor:


Como saber se estou polindo tinta PU ou verniz?

Utilizndo algodão para polimento, faça a aplicação de massa ou polidor de corte em uma pequena área da peça. Se ela sair manchada na cor do carro está polindo tinta PU, caso contrário está polindo sobre base poliéster e verniz.

Esta dica serve para uma pintura normal com aspecto de brilho ou levemente fosca. Não serve para pinturas já com verniz descascado ou manchas brancas sem cor.

Como saber se o risco sai ou não no polimento?

  1. O risco é sensível ao tato? Caso positivo, não irá sair, caso negativo, poderá sair sim com polimento.
  2. Inicie o polimento com a etapa de corte. Caso não saia, verifique se com lixamento utilizando lixas de polimento o risco irá sumir.


Risco que atinge a lata, a base de tinta e o fundo não são removidos com polimento.

Muitas vez o risco é tão fino que não sentimos ao tato, porém ele chegou na base de tinta ou fundo, comprometendo o acabamento e não sendo possível remover portanto: Lixou um pouco até fosquear e deixar a área sem percpeção de riscos de lixa grosseiros durante o lixamento, fez polimento e mesmo assim o risco não saiu, não insista. Você irá queimar o verniz e será necessário repintura para solucionar o problema.

Qual a espessura média de cada camada de produto aplicado sobre a lataria do veículo?

Com base em recomendações de uso fornecidas pelos fabricantes dos produtos especificados acima na área da lataria, podemos ter uma média para cada um deles em microns.


  1. Wash Primer e Seladora para Plásticos: 2 à 5 microns por demão.
  2. Fundo PU: 20 à 50 mícrons por demão. Depende muito da diluição. Quanto mais diluído menor e espessura. A camada total presente de fundo após o lixamento é a mais complicada de se mensurar, tendo em vista que o lixamento pode ser maior ou menor, de acordo com o processo de repintura. Em carros originais gira em torno de 75 mícrons.
  3. Tinta Poliéster e Preto Fosco Vinilico: 10 à 20 microns por demão.
  4. Verniz ou tinta PU: 25 à 30 mícrons por demão. Podem variar para mais ou para menos de acordo com a diluição. Adotamos aqui a recomendação de até 10% para verniz e entre 10 e 20% para tinta PU.

Para o polidor, o que interessa é sempre a camada de verniz ou tinta pu passível de polimento.

O polidor precisa identificar corretamente defeitos de pintura que saem ou não com polimento, tendo em vista que na maioria dos casos ele precisa explicar ao cliente o que é um defeito que necessita de repintura e um defeito que sai com polimento.

Para isso é necessário saber o que é um risco de funilaria por traz do verniz ou tinta e o que é um risco no verniz ou tinta pu que irá sair ou não com polimento.

Além disso, o dominio básico das camadas de produtos aplicados sobre a peça para a pintura é fundamental, tendo em vista que é necessário conhecer o que compõe uma pintura original e uma repintura.

A repintura normalmente irá possuír uma camada extra por deibaixo do fundo e até mesmo massa, aumentando consideravelmente a espessura e dificultado ao polidor a identificação de camadas de verniz ou tinta pu passíveis de polimento utilizando o medidor de espessura.

A repintura pode trazer muitos problemas para o polidor tais como:


  1. Mostrar defeitos de preparação de superfícies após o lixamento e polimento técnico em repintura.
  2. Polir uma camada muito fina de verniz ou tinta, queimando a peça e necessitando de repintura.
  3. Fazer lixamento de áreas com verniz ou tinta muito ralos, queimando a pintura ou manchando a peça, devido ao fato de defeitos do processo de repintura.
  4. Mostrar manchas de retoque após o polimento, devido ao fato de mostrar emendas de tinta e verniz oriundos de retoques de pintura.
  5. Destacamento de tinta, verniz ou massa, devido a má preparação para pintura.
  6. Problemas diversos originados por produtos de baixa qualidade e utilizados incorretamente durante a pintura, especialmente vernizes aplicados incorretamente e de tipos diferentes em peças retocadas e repintadas.

Defeitos comuns de repintura marcas de lixa e massa





Por isso muitos polidores não fazem polimento em repintura de terceiros ou pintores desconhecidos.

Uso de medidores de espessura no auxilio do polimento:

Para uso em medidores de camada podemos adotar o padrão em torno de 120 mícros para uma pintura original. Dentro desse valor devemos ter algo em torno de 50 mícros para polimento, seja em verniz ou tinta PU.

Carros repintados vão possuir valores muito diferenciados, devido à possível presença de massa, maior ou menor quantidade de fundo, demãos não uniformes e etc.

É possível usar medidor de espessura em peças plásticas?

Desconheço um modelo capaz de medir peças plásticas sem base metálica por traz.

Veja também:



Espero que minhas dicas sobre as camadas de pintura tenham sido uteis.

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Forte abraço e até o próximo!

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quarta-feira, 5 de julho de 2017

É possível pintar profissionalmente com compressor de 24 litros, 30 litros? O que é possível fazer com compressor de ar pequeno?

Olá pessoal.

Usar um compressor de 24 litros para pintura automotiva profissional é possível?

Algumas pessoas estão me perguntando sobre o uso de compressor com capacidade inferior à 150, 200 litros para pintar um carro inteiro profissionalmente.

Qual a minha opinião sobre o assunto?

Simples! Se fosse possível e viável, econômico e racional, certamente não existiria mais necessidade de se usar um compressor de 200, 250 litros em uma oficina de funilaria e pintura ou qualquer oficina que necessita de equipamentos para pintura com pistola.

O fato é:


  • Desgaste: O compressor pequeno irá acionar e ficar ligado direto, tendo maior desgaste do motor.
  • Falhas: Fatalmente seu compressor irá super aquecer, desligando por proteção térmica.
  • Falhas durante a pintura relacionadas à pistola de pintura: Falta de ar e pressão oscilante fazem com que a regulagem da pistola se perca durante o uso, deixando a pintura grossa e não uniforme.
  • Uso de pistola de pintura de qualidade: É complicado usar uma boa pistola de pintura em um compressor com capacidade de reservatório pequena, pela alta demanda de ar que tais pistolas precisam. Exemplo: HVLP's de boa qualidade.
  • Uso de lixadeira hookit: Não é possível usar equipamentos pneumáticos como lixadeiras e politrizes. Tais ferramentas precisam de pressão elevada constante para funcionar corretamente, além de consumo de ar considerável durante o uso.


Lembre-se: Compressor ocupa espaço, consome muita energia, demanda instalação elétrica adequada, linha de ar adequada e espaço adequado para funcionar, além de ser uma ferramenta cara, independente do porte.

Niguém iria comprar um compressor grande caso pudesse usar um menor para a mesma finalidade.

Compressores pequenos servem para uso com pistolas de pintura pequenas, para baixa produção, com bico 1.0 ou menor, para retoques e pintura de peças pequenas, no máximo para-choques e pintura peça à peça com pistolas de pintura normais como as LVLP e HVLP.

Também servem muito bem para micro pintura, restauração e personalização de faróis e jato de ar em peças.

É o que sempre falo: Cada cenário deve ser avaliado e o compressor deve ser escolhido com base no cenário de uso, e fim de papo.

Outra dúvida frequente é: Quero fazer pintura residencial, qual compressor e pistola devo usar?

Para pintura de paredes e áreas de grande porte o uso da pistola não é recomendado ao meu modo de pensar, pois o gasto e trabalho em usar o compressor é grande e a névoa produzida no ambiente é muito grande! Outro ponto é a demanda elétrica de um compressor. Mesmo pequeno com reservatório pequeno, um compressor tem um motor elétrico que demanda no minimo uma tomada de 20A pela sua potência que gira em torno de 1600W.
Portanto, não é com adaptador que se liga um equipamento desse porte em uma residência! Ainda mais que ele irá ficar ligado por muito tempo.

Mesmo para pintura de grades e portões não recomendo um compressor com reservatório.

Se desejar usar um compressor para pitura residencial, opte por um modelo de compressor portátil à ar direto e pistola de pintura de baixo consumo de ar também para ar direto.

Quer aprender a escolher compressor de ar, pistolas de pintura e equipamentos pneumáticos corretamente?

Veja este artigo e tire todas as suas dúvidas!

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Obrigado!

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